Mesmo já sendo um tratamento bastante aceito na busca de saúde e bem-estar, a prática da psicoterapia, para muitas pessoas, ainda é desconhecida e gera muitos medos. Na verdade, é bastante compreensivo que, ao iniciar um processo psicoterápico, inseguranças venham à tona, pois não é algo fácil percorrer uma caminhada de revelações tão íntimas na companhia de alguém inicialmente desconhecido.
Sem julgar as dificuldades, o terapeuta as entende e, com calma e empatia, ajuda o paciente a compreender suas emoções, bem como a identificar a forma como costuma interpretar e lidar com a situações da vida. Com ajuda de teorias e técnicas já existentes e consolidadas na literatura, os objetivos terapêuticos são formulados com foco em mudanças que sigam na direção da saúde e satisfação pessoal do paciente.
Fazer terapia não significa deixar de ter problemas, mas ajuda a ter melhores recursos pessoais para enfrentá-los. Fazer terapia não significa eliminar emoções negativas, mas proporciona uma maior consciência emocional e, com isso, respostas mais eficazes para lidar com elas. Fazer terapia não significa deixar de ter pensamentos negativos, mas ter mais clareza desses pensamentos para conseguir ter discernimento sobre quais são úteis e realistas e quais não são. Fazer terapia não significa ter controle de tudo, mas significa sentir-se mais capaz e forte para assumir o controle da sua vida e também para lidar com coisas incontroláveis (internas ou externas).
Então, ao longo deste intenso e lindo caminho de desenvolvimento emocional, o terapeuta torna-se uma referência de vinculo seguro, sendo uma fonte de apoio, cuidado e afeto (dentro dos limites de uma relação terapêutica). Nesta relação há a certeza da ética, sinceridade, apoio, empatia e compreensão.
*A abordagem teórica utilizada pela autora do texto é a Terapia Cognitivo-Comportamental