A diminuição da percepção de risco em relação ao uso de substâncias psicoativas é um processo individual e que sofre a influência de vários fatores. Entre eles, a fonte em que são buscadas informações é um importante aspecto a ser considerado. Neste sentido, quando falamos das novas drogas sintéticas observamos uma carência de informações seguras.
Antes mesmo de serem batizadas, estas drogas chegam nas mão dos adolescentes como “LSD sintético” induzindo o consumidor a acreditar que conhece os efeitos do que está usando, entretanto, nem mesmo a ANVISA conhece os efeitos dessas substâncias. Com isso, a intoxicação por essas drogas, poderosas, tem acarretado em mortes. Os usuários, acabam chegando aos serviços de emergência para serem socorridos e o que acontece é que por serem drogas tão novas, não existem testes para detecção do tipo de substância, muito menos um “antídoto” que seja capaz de reverter os efeitos dessas drogas. Foi o que aconteceu com um adolescente de Igrejinha/RS, em que o Insituto Geral de Pesquisa (IGP) levou quase um ano para conseguir identificar o composto químico que foi utilizado.
Espera-se que mais notícias como esta possa auxiliar na adequação da percepção de risco sobre o uso de substâncias, principalmente por adolescentes, que estão mais vulneráveis ao uso de drogas.