Herança Emocional

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As emoções representam um pilar fundamental no funcionamento humano, ocupando um lugar de destaque enquanto organizadores do desenvolvimento cerebral e psicossocial. A literatura existente salienta o papel fundamental da família, principalmente dos cuidadores, como agentes de satisfação, validação e educação emocional, enfatizando o seu impacto no desenvolvimento psicológico da criança.

As interações familiares são vivenciadas, desde o nascimento, como modelos de identificação, compreensão e expressão das emoções, bem como de implementação de estratégias de regulação emocional. Neste contexto, as práticas parentais de socialização das emoções, especialmente os esquemas emocionais dos pais e suas reações à expressão emocional do filho, parecem desempenhar um papel de especial relevância no ajustamento e desenvolvimento de capacidades sociais e emocionais do indivíduo.

O vídeo a seguir mostra momentos de um grande estudo do Programa de Saúde Mental para Crianças e Mães da Universidade de Boston. O trabalho visa investigar as habilidades cognitivas dos bebês para lerem e reagirem ao seu ambiente social. O vídeo, usando o experimento “Still Face”, mostra como a diferença de expressividade emocional da mãe interfere na resposta emocional do filho, mesmo por um curto momento de tempo.

A adaptabilidade que acontece ao longo do tempo a um padrão de experiências emocionais do ambiente, acaba por ser transmitida entre gerações, em um processo que foge a nossa consciência. Uma das coisas que mais impactará na forma como os pais lidarão com as emoções dos seus filhos, é a forma como os seus pais lidaram com as suas emoções. A transgeracionalidade de padrões emocionais nocivos pode ser interrompida. Identificar padrões emocionais familiares nocivos pode ser a libertação de uma prisão de heranças que podemos escolher não deixar.

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